sexta-feira, 18 de julho de 2008

Pensando em simplicidade

Eu estou perdido no meio de tudo isso que eu já vi, mas não pude sentir, por falta de amor pelas coisas. Comprando os mais vendidos, repetindo vidas passadas, enlouquecendo-me entre auto-análises e cálculos kármicos. -“Você tem que acreditar no que já é certo.”- Foi o que me disseram hoje. Grande frase para uma pessoa de “FÉ” não? Não. Nem mesmo eu comprei essa idéia.

Antes disso, pensava enquanto cantarolava no ar, como faria eu, pra me tornar um Maluco Beleza, maluco por tudo que há no mundo e que ainda irá existir. Não cheguei a conclusão nenhuma, nem solução, e nem esperançoso eu fiquei tampouco. Mas também não fiquei triste por isso.

Acho que na verdade eu não amo ninguém, mas queria ser os amores que os outros têm por eles próprios. Sinto-me sozinho dentro da minha jaula, mas não me sinto triste, somente insatisfeito. Será que vale mais a pena se satisfazer? Ou buscar a felicidade? Quando nos sentimos satisfeitos estamos felizes assim? Eu não sei não. Isso me sugere muita sujeira.

Enfim. Acho que para achar a felicidade, primeiro é preciso se perder na tristeza. Cazuza disse uma frase interessante em uma música: “De que adianta escrever poesia em papel higiênico, e depois, se limpar com as tristezas de sempre?”. Acho melhor escrever pra libertar o sentimento, e exorcizar as más vibrações.

Sejamos mais simples! Completos e imperfeitos, trabalhadores e ainda assim bon-vivant. Amar por amar, sem tentar encontrar a perfeição nas pessoas. Somos o que somos, sem mentiras para nós. Eu sou o que sou, e em qualquer um você pode me ver.

2 comentários:

Clareana Arôxa disse...

Até quando nós sabemos lidar com as imperfeições? Será que já não é ato reflexo buscar sempre a perfeição, o que falta, a necessidade de se completar?
E o tal do equilíbrio? Será que é fácil se libertar dessa idéia incessante e totalmente paradoxa da felicidade? Não sei, Gui, não sei. Esses tais questionamentos!

E Nietzsche diz que é preciso ter o caos dentro de si para dar origem a uma estrela cintilante. Essa, pra mim, é uma das frases mais inteligentes e verdadeiras dele. Essa insatisfação, esse desejo por mudança é a verdadeira fonte de vibração, sejam elas púrpuras ou não. E talvez a felicidade seja feita de vibrações, talvez não.
Não sei, nunca sei. Só sinto. Só sou.

beijo!

Camilinha disse...

Hoje eu definitivamente "descobri" que ninguém, por mais que pareça, é perfeito.
Ninguem, nem vc, nem eu, nem as pessoas a volta.
Saibamos aceitar as imperfeições...
acho que so a solidão é perfeita...e linda
gostei mt do blogger.
Parabéns.
=D